Estou esperando ainda pela primeira consulta com o psicologo(a), ando até fazendo auto análises. Sabe como é né? Quando as coisas desbandam, a gente tenta procurar explicação pra tudo.
Uma amiga veio com esse trecho achado em outro lugar, caiu como uma luva na minha vida.
"Tornamo-nos escravos de quem fomos no passado. Se ontem dissemos que faríamos tal coisa, como hoje mudar? Se ontem elegemos o sorvete de pistache como o nosso favorito, como hoje desejar o sorvete de sambayon? Se ontem fiz ou pensei tal coisa, como posso hoje fazer ou pensar diferente? E se percebemos em nós a tendência à multiplicidade? Uma vontade, hoje, agora, de fazer, pensar e sentir diferente. Mas não! E E nossa coerência? Estabilidade? O que os outros vão pensar de nossa saúde mental? Dirão que não sabemos o que queremos! Dirão que somos birutas como os marcadores de vento, loucos como o tempo ou, simplesmente, pouco confiáveis, já que mudamos sempre de opinião. Dirão mesmo isso? Seremos nós o assunto dos outros? Não se iluda: temos tão menos importância do que gostaríamos!"
Respondi pra ela pensando da frase que eu sempre dizia a meus amigos quando falavamos sobre minha vinda, desde quando isso era um desejo, até o ponto que se tornou a realidade da passagem na mão! Lembro que disse, que sentia uma extrema nescessidade de sair de Maceió. Pq precisava sentir saudades de lá, precisava ver com os olhos dos que olham de fora. Era uma necessidade visceral, ter que dar valor aquelas coisas. Depois voltar.
Um dia no almoço meu pai olhou pra mim e sorriu, um sorriso estranho. Mais de incredibilidade e me disse: Menina, agora eu acredito que tu vai mesmo! Eu disse: Eu vou sim, porque sei que posso voltar se nada acontecer por lá.
Me admiro com a minha ingenuidade de então. Quando meus planos não foram adiante, a começar pela viagem. Hj, olho pra trás e me dá arrepios em passar pelo que passei pra chegar até aqui. Arrepios de hj saber melhor e das coisas que poderiam realmente terem dado erradas, arrepios de admiração pela única coisa que eu fiz que chegou perto de ter coragem. Minha maior aventura, da única coisa que me arrependo é que eu na ânsia de me sentir segura tinha um ponto de chegada.
0 soltaram a lingua:
Postar um comentário