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sábado, junho 23, 2012

Lutar pra morrer ou viver lutando

Li a pouco uma ótima matéria da Época sobre o suicídio assistido. E em contra-ponto a matéria sobre o que Stephen Hawking pensa a respeito. Concordo com os dois lados e respeito a decisão de ambos. Enquanto a primeira reportagem fala sobre os brasileiros que se inscreveram no Dignitas, duas testemunhas estão doentes, uma com uma doença degenerativa a outra uma atleta tetraplégica. Acredito que a decisão é pessoal e entendo quando a atleta diz que é mesquinho das pessoas que não estão na situação dela, lamentarem a sua decisão, pq não sabem o que ela sente. tbm acho, porém ela se preocupa com o impacto da decisão dela na familia. Ela entende e respeita a dor da mãe e quer prepará-la com a ajuda de psicológos. A mais mulher mais velha não quer definhar e ser vegetativa em uma cama de hospital, pq ela viu a mãe na mesma situação. Então quando ela soube da Dignitas ela se inscreveu no serviço.
Do outro lado está Stephen Hawking, grande físico que tbm sofre de uma doença degenerativa há cinco décadas, como diz na matéria. Ele aos 70 anos, diz não estar pronto pra morrer, que quer fazer muita coisa ainda. Quem conhece-o sabe que ele, exceto os olhos não tem mais movimentos no corpo. Mas reconhece que se não fosse o trabalho que ele faz, resumidamente só trabalha com o cerébro, seria dificil a vida. Ele defende a luta para viver. Contudo ele não foi um atleta, nem teve que cuidar de um parente definhando numa cama de hospital, cujas feições ficaram irreconhecivéis!
Cada um deve decidir por si, por isso tenho uma certa admiração pela familia de Antonie Kamerling, que apesar da dor, entenderam a decisão dele!


1 soltaram a lingua:

Nadja Kari disse...

Adorei o post... dá muito o que pensar. Eu não julgo ninguém por uma decisão tão pessoal quanto essa... mas é realmente muito difícil para os que veem alguém querido sofrer tanto que seu desejo é acabar com tudo... :(

Beijos a você!