A descontrução de um herói - um desvaneio sobre o esporte profissional e a idôneidade.

Será uma necessidade a criação de heróis que a sociedade tem? Não tenho respostas prontas, nem sai para pesquisar sobre o assunto com antrópologos ou psicólogos sociais. Porém, lembro das análises sobre o Ayrton Senna logo após sua morte, que o Brasil tinha perdido seu herói e a necessidade do povo brasileiro de ver alguém levando sua bandeira e representando o país tão nobremente. Já que as noticias internacionais sempre mostravam a corrupção. E isso tinha acabado. E foi de novo renovada na pessoa de um Juiz no escâqndalo sobre o mensalão. O rapaz pobre e negro, num páis tão desigual, que aproveitou as oportunidades que lhe surgiram. Nos Estados Unidos, após o ataque ao World Trade Center, foram criados mais heróis, dessa vez os bombeiros de Nova Iorque foram elevados ao título de semi-deuses, pessoas acima de qualquer suspeita, de ídole e coragem sem igual. Na Holanda, se houvesse alguém que seria anunciado como possível herói, logo saltariam vários cidadãos para dizer que ele não estava fazendo mais que sua obrigação, já que estava sendo pago para isso. No máximo um muito obrigado por ter feito seu trabalho tão bem. Holandesei, penso. Porque termino por concordar. Você se torna policial, bombeiro, médico pra se tornar herói? Ou você quer exercer sua profissão o melhor possível? São os louros que o atrem, o dinheiro ou sentimento de está sendo um profissional correto? Porque você escolheu a profissão que exerce, se houve a possibilidade de escolher, é claro. Eu tenho sim uma curiosidade, de saber se as pessoas apontadas como heróis sentem-se assim, heróis!
Em que situação estamos socialmente, onde uma pessoa faz a coisa correta e gritamos que é um herói. Será que a honestidade se tornou algo assim tão raro que nos surpreende? Até mais, que vermos a pobreza absurda e um assassinato e não nos incomodarmos mais! 


Lance Armstrong

A comoção ao redor de Lance Armstrong foi o ponto de partida pra mim começar esse artigo. Armstrong é um esportista americano, começou sua carreira como atleta de Triatlon e passou a se dedicar apenas ao ciclismo profissionalmente depois das Olimpíadas de 1992. Após sobreviver a um câncer, constatado em 1996,  voltou ao ciclismo e de 1999 a 2005 ganhou initerruptamente a Volta da França (Le Tour de France), era invencível. Criou a Lance Armstrong Foundation, juntamente com a gigante de esportes Nike lançou a pulseira Livestrong, todo o dinheiro arrecadado com a venda da pulseira que se tornou uma febre mundial iria ser revertido em fundos para a pesquisa da cura do câncer. A aura do sobrevivente e vencedor foi bem vinda. 
Em 2005, Lance veio com a noticia que iria parar com as competições profissionais pq queria se dedicar mais aos filhos. Um dos maiores nomes que a volta conheceu, e levou esse belíssimo evento aos canais norte-americanos, estava se aposentando. Em 2008 ele dá uma entrevista a Vanity fair anunciando sua volta ao mundo das competições profissionais, fato que começa tbm a ser corriqueiro no mundo esportivo vide Michael Schumacher na F-1. Dessa vez ele também anunciou que não precisava fazer dinheiro com o esporte. Sua volta aconteceu progressivamente e em 2009 ele estava em um dos pelotões da Volta. 
Durante toda a sua vida esportiva, o uso de doping persegue sua imagem. Mas, nunca confirmado.


Le Tour 
Desde de 1903, o Tour de France encanta milhares de pessoas. Gente do mundo inteiro vêm a Europa pra ficar ao lado da rota por onde passam os ciclistas. Envolta num certo romantismo, o Tour só não aconteceu durante às duas grandes guerras. Criou heróis, solidificou a carreira de centenas de esportistas e elevou a essa categoria do esporte ao nível